Há umas semanas, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) deu aval à empresa canadiana EXMceuticals para a investigação e desenvolvimento de medicamentos à base de cannabis, em Portugal.
Esta empresa já começou a preparar a sua difusão, ao construir e adaptar uma “refinaria à escala industrial”, que em termos operacionais, deverá estar pronta até ao final do primeiro trimestre do próximo ano, segundo comunicaram.
É no Centro de Inovação do Campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que estas instalações vão servir à produção dos medicamentos, sitio onde já existe um laboratório da empresa canadiana, embora em fase piloto. Estas novas instalações vão permitir a exportação de grandes quantidades de canábis e óleo de cânhamo, importados de África que posteriormente serão refinados de acordo com a procura, e que possuirão elevado valor no que respeita à sua pureza, para a União Europeia e para o resto do mundo.
Já com várias parcerias com várias organizações portuguesas, como acordos de colaboração com a Universidade Nova de Lisboa, com a Lusófona, com uma “empresa portuguesa líder no setor dos cosméticos”, assim como parcerias com “empresas portuguesas relevantes no setor da alimentação e bebidas”, a EXM está a preparar terreno para prosperar em novos projectos de desenvolvimento, ao abrigo do programa Portugal 2020.
Com a licença obtida e em condições para começar até Março de 2020, prevê-se que sejam criados vários postos de trabalho e oportunidades de colaboração entre empresas nacionais e internacionais.
Desde a aprovação do consumo de canábis para fins medicinais, já são quatro as empresas que garantiram licenças para cultivo, importação e exportação de canábis. Prevê-se que o crescimento tenda a aumentar exponencialmente, o que é um passo importante no caminho da legalização da canábis.
