A Tilray e World High Life Plc estão na corrida, no mercado europeu da canábis.

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A empresa canadense Tilray pioneira em cannabis terapêutica, e a World High Life Plc, uma empresa de cannabis de investimento sediada no Reino Unido, estão-se a juntar a fim de beneficiarem do sucesso da canábis medicinal na Europa nos últimos tempos. Enquanto a Tilray está de olho em Portugal, a WHL planeia conquistar os lucrativos mercados de CBD e canábis medicinal na Europa, começando pela Alemanha em 2020.

Em outubro passado, a Assembleia Nacional aprovou o lançamento do primeiro teste terapêutico de canábis na França. Será realizado em quase 3.000 pacientes e terá como objetivo avaliar os efeitos positivos dos derivados da canábis em doenças específicas. No entanto, a França está longe de ser pioneira neste campo: até ao momento, 21 dos 28 países da União Europeia autorizaram o uso de canábis medicinal sob prescrição médica (o que não é o caso na França).

Por outro lado, apenas alguns países permitem a produção de canábis medicinal em nos seus territórios, como é o caso da Holanda desde 2003, da Itália desde 2006 ou mais recentemente de Portugal desde 2018. Foi no nosso país que a gigante canadense de canábis terapêutica – Tilray – se optou por mudar.

O Canadá foi um dos primeiros países do mundo a legalizar a canábis medicinal em 2001. Para além Tilray, existem outras grandes empresas que dominam o mercado, onde se incluem a Aurora Cannabis, e a Aphria, por exemplo.

Em abril de 2019, a Tilray inaugorou a sua primeira planta de produção terapêutica de canábis em Portugal, localizada em Cantanhede, perto de Coimbra. A legislação, o clima (que é muito favorável) e a qualidade da força de trabalho” foram detalhes importantes e factores decisivos para esta escolha. Todavia ainda não existe mercado por terras lusitanas.

A Tilray, que investiu mais de 20 milhões para entrar no mercado europeu, planeia expandir nos próximos meses. Atualmente, a empresa exporta os produtos fabricados em Portugal para vários países da União Europeia, como a Alemanha, Irlanda, Reino Unido, Croácia e Chipre.

Recentemente, a empresa canadense solicitou às autoridades de saúde portuguesas a comercialização dos seus produtos no País, o que espera obter no primeiro trimestre de 2020. Contudo, também pensa na França: “Fomos ouvidos pela Agência Nacional de Segurança de medicamentos em maio passado, como parte da fase experimental que começará em 2020 ”, confirmou Sascha Mielcarek, directora administrativa da Tilray na Europa.

Por outro lado, a World High Life está focado noutros mercados já mais sólidos, na Europa – canábis medicinal e CBD. Estes dois, estão a crescer num ritmo acelerado na indústria da canábis. A expectativa é que atingiam números surpreendentes dentro de apenas alguns anos. Isto explica-se pela comunicação e consciencialização dos benefícios aliados a uma melhoria da qualidade de vida, especialmente no que respeita ao CBD.

Em 2018, a maior participação de CBD destacou-se no mercado norte-americano, no entanto o facto deste crescimento se estar a notar em diferentes países, a tendência é que essa participação seja distribuída por outros países, e que mude ao longo dos anos. Neste sentido, a aposta é clara: o mercado europeu.

Investidores como o caso da World High Life Plc têm de se antecipar, pois quanto mais rápido entrarem no mercado e proliferarem o seu negócio, maior é a probabilidade de sucesso na Europa. A aquisição de uma das principais empresas de CBD, com produtos distribuídos em várias cadeias de retalho e de conveniência do Reino Unido permitirá a entrada no mercado de CBD e canábis medicinal na Alemanha até 2020.

Outra das estratégias utilizadas foi a oferta a investidores que perderam a oportunidade para investir em empresas promissoras de canábis na América do Norte (ao comprarem uma única ação, estes terão acesso a um portfólio das empresas mais promissores que que operam no mercado da canábis mais concretamente da canábis medicinal e CBD, na Europa).

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